domingo, 22 de abril de 2012
sexta-feira, 20 de abril de 2012
Quantas vezes...?
Bob Dylan
inicia uma viagem reflexiva em
nós. Ao longo da canção, assuntos voltados à eternidade, ao
amadurecimento, a dúvidas e ao comportamento social são mencionados em cada
verso e nos convidam a pensar, de uma maneira sensível e profunda que só Dylan
consegue fazer, sobre o mundo e sobre as pessoas que nele vivem. A música nos
permite lembrar do jovem adolescente que, ao crescer e começar a tomar consciência
de si, do mundo e do papel das pessoas nele, começa a questionar-se
desesperadamente sobre tudo e todos, deixando-o confuso e inseguro. Popularmente,
o adolescente é conhecido como o revoltado, o revolucionário que quer mudar o
mundo, o crítico, o teimoso e o chato. Na verdade, podemos mudar o foco e vê-lo
como um ser novo em um ambiente novo. Um ser pensante que “saíra de sua caverna”
e pergunta-se: “O que diabos é isso?” ao olhar para o mundo. - “Quantas vezes precisará balas de canhão
voar até serem para sempre banidas?” – Questionamentos assim ilustram o
quadro da melhor forma. Não basta, entretanto, para o adolescente questionar o
mundo e todos, ele precisa questionar-se para saber quem é. Essa interiorização
acaba em fazê-lo corrigir seus antigos comportamentos que não estão mais correspondentes
que sua mentalidade. Qual melhor frase do que a primeira da música para
ilustrar esse aspecto? - “Quantas
estradas precisará um homem andar antes que possam chamá-lo de um homem?”
Fundamentalmente,
a Psicologia tem papel importante nessa fase da vida humana. Os questionamentos
do jovem são muitas vezes vistos como sintomas de psicopatologias por muitos
leigos e isso pode afetar seu desenvolvimento. É papel do psicólogo compreender
o quão complexa e turbulenta é essa fase e saber como auxiliar o jovem que
possivelmente se encontra em sua frente querendo saber se ele é normal ou não
(tendo em vista que ele irá questionar o que é ser normal). Além do jovem, o
psicólogo deve saber compartilhar um pouco de seu conhecimento com os pais. Na
adolescência, os pais sofrem tanto (ou mais) que seus filhos. Por ser um ser
questionador vivamente, o adolescente pode apresentar uma maturidade maior que
os próprios pais. Muitas manias e crises podem ser passadas por eles próprios aos
filhos. Alguns destes não estão preparados, também, em ver seu “bebê” crescendo
e isso pode ser um fator negativo para o desenvolvimento do adolescente. [Matheus I. Mazzochi]
sábado, 14 de abril de 2012
A conquista da velhice-Lya Luft
A
conquista da velhice- Lya Luft
"A
velhice, que hoje tarda bem mais do que
décadas atrás, pode ser bela, alegre e
apreciada enquanto não for amarga"
Uma
das melhores frases que escutei sobre velhice e envelhecer, porque realista e
bem-humorada, foi: "Velhice? Eu acho ótima, até porque a alternativa seria
a morte!" Não é em geral o que se escuta. Mesmo velhos que têm boa saúde e
poderiam estar curtindo alguma coisa costumam se lamentar em lugar de viver. E,
acreditem, sempre há o que fazer, aprender, renovar. Vai-se, é verdade, parte
da energia (a lucidez, não necessariamente, e se a perdermos não saberemos: a
natureza pode ser misericordiosa).
Para
quando a inevitável velhice chegar, tomei como meu modelo, talvez inatingível,
minha comadre, madrinha de um de meus filhos, minha amada amiga Mafalda
Verissimo, viúva de Erico e mãe de Luiz Fernando. Sei que ainda hoje, esteja
onde estiver, ela sabe de mim, me cuida. Se pudesse me aconselhar, como
costumava fazer, haveríamos de dar juntas boas risadas.
Essa
velha dama, que, como minha mãe, morreu aos 90 anos, detestaria ser lembrada
com tristeza. Uma de suas marcas era o bom humor, que nessa idade, mais do que
em todas, é essencial: divertidos eram seus olhos muito azuis revelando o
interesse múltiplo e alerta, aberto o coração.
A
gente não a visitava para lhe fazer companhia (sua casa abrigava família e
muitos amigos), mas porque nós precisávamos dela, ela nos alimentava com seu
interesse, nos animava com sua vitalidade. Lia todos os jornais,
entusiasmava-se com novidades, e as que não aprovava lá muito eram comentadas,
também, com seu jeito divertido. Mafalda sempre me fez refletir sobre a velhice
que escolhemos ter, para além das inevitáveis transformações que de preferência
não escolheríamos. Com ela entendi melhor que velhos não são isolados porque os
filhos não prestam ou os amigos morreram, mas também porque se tornaram chatos
demais: reclamando, querendo controlar, chantageando e cobrando.
A
gerontocracia pode ser cruel: é urgente rebelar-se contra ela, se queremos
conviver com os velhos. E, se queremos ser um dia velhos com quem os outros
gostem de estar, é bom evitá-la a qualquer custo. Velhos, como todos nós, podem
ser vítima de seu próprio preconceito – além da rejeição generalizada a tudo o
que não for jovem e fulgurante. É comum encontrar alguém que bem antes da
velhice já não diz duas frases sem acrescentar em tom lastimoso "na minha
idade". Por que não encarar o tempo como transformação da beleza enérgica
da juventude na serena beleza da velhice?
Hão
de arquear as sobrancelhas, mas eu lhes digo que, se hoje me divirto mais do
que aos 30 anos, espero aos 80 achar ainda mais graça em muitas coisas que,
décadas atrás, me fariam arrancar os cabelos em desespero. Se alguém na velhice
é realmente só, sem ninguém, nem vizinho nem conhecido nem parente nem mesmo o
quitandeiro da esquina com quem falar, me perdoe: a não ser que uma tragédia
tenha devastado sua vida sem deixar pedra sobre pedra, possivelmente faltou
cultivar interesses e afetos, em vez de esperar por eles como obrigação alheia.
Sinto muito: se o velho sempre bonzinho é um mito, o velho simpático, aberto e
otimista é uma realidade. Quando comentei isso, alguém retrucou: "Mas
todos morreram, não tenho ninguém da minha idade para conversar".
É
bem possível e até provável, mas você nunca fez amizades com gente mais jovem?
Nunca se abriu para o que há de estimulante no outro tempo da vida? Nunca se
renovou, nunca se abrandou? Quem não tiver obsessão pela juventude perdida pode
se interessar pela imensa variedade de assuntos que todo dia entram em nossa
casa pelos jornais, pela televisão e – por que não? – pelo computador. E não me
venham com "na minha idade".
Os
grupos da chamada terceira idade podem ser divertidos, estimular amizades,
fazer sentir que a gente não é a única nem a vítima do destino cruel... Mas,
por favor, não botem as velhinhas a dançar com vestido de bailarina saltitando
com balões nas mãos, ou para fazer teatro infantil. Não as maquiem em excesso,
não as tornem caricaturas.
A
velhice, que hoje tarda bem mais do que décadas atrás, pode ser bela na sua
beleza peculiar; alegre na sua alegria boa; alerta na medida de seus
interesses; procurada e apreciada enquanto não for amarga.
Enfim,
que sejamos todos e todas Mafaldas Verissimo, a que até o fim nos amou, nos
apoiou, nos divertiu, nos escutou, aquela a quem procurávamos pelo nosso
próprio bem e que deixou uma saudade boa, não um vazio de sombra.
E
assim, amiga, enfim te homenageei.
LUFT,
Lya. A conquista da velhice. Revista Veja. Edição 1964, 12 de julho de 2006.
Disponível em: <http://veja.abril.com.br/120706/ponto_de_vista.html>. Acesso
em 14 de abril de 2012.
Maior atenção à velhice é necessária em uma sociedade que dispõe de tecnologias
e conhecimento para possibilitar, cada vez mais, o avanço da idade. O
processo de envelhecimento incorpora diversos fatores socioculturais e
individuais de um grupo populacional que cresce dia-a-dia, a chamada terceira idade. Cabe à Psicologia,
portanto, compreender os fenômenos que cercam tal processo do
desenvolvimento, entendendo as dúvidas e adaptações que surgem. Mesmo que a
velhice se dê de maneira individual, compete a esses profissionais estarem preparados
para assistir, no entendimento dessa fase, a todos os sujeitos envolvidos,
sejam eles idosos, sejam eles seus familiares e comunidade em geral. Transformar a
velhice deprimida, solitária em um estágio bom e apreciado da vida, em que há respeito,
admiração, bom humor e qualidade de vida, como disposto no texto acima, é
preciso. (Cora Efrom)
quinta-feira, 5 de abril de 2012
Cronicando com Arnaldo
"A mais pura verdade.
A medida que envelheço e convivo com outras, valorizo mais ainda as mulheres que estão acima dos 30. Elas não se importam com o que você pensa, mas se dispõem de coração se você tiver a intenção de conversar. Se ela não quer assistir ao jogo de futebol na tv, não fica à sua volta resmungando, vai fazer alguma coisa que queira fazer...
E geralmente é alguma coisa bem mais interessante. Ela se conhece o suficiente para saber quem é, o que quer e quem quer. Elas não ficam com quem não confiam. Mulheres se tornam psicanalistas quando envelhecem.
Você nunca precisa confessar seus pecados, elas sempre sabem... Ficam lindas quando usam batom vermelho. O mesmo não acontece com mulheres mais jovens... Mulheres mais velhas são diretas e honestas.
Elas te dirão na cara se você for um idiota, caso esteja agindo como um!
Você nunca precisa se preocupar onde se encaixa na vida dela. Basta agir como homem e o resto deixe que ela faça... Sim, nós admiramos as mulheres com mais de 30 anos! Infelizmente isto não é recíproco, pois para cada mulher com mais de 30 anos, estonteante, bonita, bem apanhada e sexy, existe um careca, pançudo em bermudões amarelos bancando o bobo para uma garota de 19 anos...
Senhoras, eu peço desculpas! Para todos os homens que dizem: "Porque comprar a vaca, se você pode beber o leite de graça?", aqui está a novidade para vocês: Hoje em dia 80% das mulheres são contra o casamento e sabem por quê?
'Porque as mulheres perceberam que não vale a pena comprar um porco inteiro só para ter uma lingüiça!'. Nada mais justo!"
(Arnaldo Jabor)
Postado por: Isabela.
A medida que envelheço e convivo com outras, valorizo mais ainda as mulheres que estão acima dos 30. Elas não se importam com o que você pensa, mas se dispõem de coração se você tiver a intenção de conversar. Se ela não quer assistir ao jogo de futebol na tv, não fica à sua volta resmungando, vai fazer alguma coisa que queira fazer...
E geralmente é alguma coisa bem mais interessante. Ela se conhece o suficiente para saber quem é, o que quer e quem quer. Elas não ficam com quem não confiam. Mulheres se tornam psicanalistas quando envelhecem.
Você nunca precisa confessar seus pecados, elas sempre sabem... Ficam lindas quando usam batom vermelho. O mesmo não acontece com mulheres mais jovens... Mulheres mais velhas são diretas e honestas.
Elas te dirão na cara se você for um idiota, caso esteja agindo como um!
Você nunca precisa se preocupar onde se encaixa na vida dela. Basta agir como homem e o resto deixe que ela faça... Sim, nós admiramos as mulheres com mais de 30 anos! Infelizmente isto não é recíproco, pois para cada mulher com mais de 30 anos, estonteante, bonita, bem apanhada e sexy, existe um careca, pançudo em bermudões amarelos bancando o bobo para uma garota de 19 anos...
Senhoras, eu peço desculpas! Para todos os homens que dizem: "Porque comprar a vaca, se você pode beber o leite de graça?", aqui está a novidade para vocês: Hoje em dia 80% das mulheres são contra o casamento e sabem por quê?
'Porque as mulheres perceberam que não vale a pena comprar um porco inteiro só para ter uma lingüiça!'. Nada mais justo!"
(Arnaldo Jabor)
Postado por: Isabela.
Mosaico
Bisavó, avó, mãe. Tia, Tia-avó. Bisavô, avô, pai, tios, primos. Quem somos nós e quantos nós somos?
Postado por: Isabela.
Primeira tópica?
Postado por: Isabela.
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