Essa propaganda de Natal do supermercado Zaffari,demonstra, claramente, a fase pela qual todos passamos, intitulada, por Arnett (2000): "Emerging Adulthood" (Adultez Emergente).
É nessa fase que os jovens se questionam sobre "o que eles são", pois não são mais adolescentes, mas também não são adultos. Nesse período há um foco sobre si mesmo, há poucas obrigações e deveres sociais, pouco compromisso com os outro e uma grande autonomia no gerenciamento da própria vida. No comercial, o jovem viaja para o exterior para trabalhar e ter uma nova experiência de vida, que irá somar muito ao seu desenvolvimento e ao seu futuro. Mesmo que para isso tenha tido que deixar a sua família no Brasil e seguir seu caminho.
Também durante essa transição entre a adolescência e a fase adulta, observamos as questões de identidade e busca de alternativas gerando ansiedades e frustrações. No exemplo utilizado visualizamos isso na vontade do filho de visitar a família no Natal, mas não podendo por causa do emprego e de suas escolhas pessoais.
Quando ele ganha uma passagem aérea para a viagem em questão, é notável a sua satisfação em estar novamente com a família. Podendo aproveitar o que os pais têm de bom, mesmo estando em uma fase de rompimento dos laços com os mesmo. Dessa forma, é nítido que essa ruptura não está completa e que a tendência é que ela seja finalizada na fase seguinte do seu desenvolvimento.
Com essa breve explicação teórica, concluo que não importa o quanto a gente cresça, seja independente, constitua a nossa própria família, a nossa origem será sempre marcante e desejaremos tê-la o mais perto possível. Ainda que, por vezes, distante fisicamente, poder contar com aquelas pessoas que irão estar de braços abertos para nos acolher, para no receber e nos cuidar, como se ainda fossemos as mesmas crianças indefesas, será sempre a maior segurança que teremos. Eles, os pais, serão sempre o nosso porto seguro. De preferência, eternamente.
(Roberta Gomes)
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