quinta-feira, 20 de junho de 2013

Casamento na velhice




Como visto na figura do casal idoso, no desenvolvimento físico da idade adulta avançada, a pele tende a ficar mais pálida e manchada, como algumas gorduras e músculos desaparecem a pele fica enrugada e flácida; os cabelos ficam grisalhos e mais finos. No sentindo sexual, um homem saudável que manteve uma atividade sexual ativa, pode continuar ativo durante os 70 ou 80 anos, porém eles levam mais tempo para desenvolver uma ereção e ejacular. Já as mulheres são fisiologicamente capazes de atividade sexual durante toda a vida, o principal obstáculo que elas podem enfrentar é a falta de um parceiro.
No desenvolvimento psicossocial no quesito casamento, casais que permanecem juntos na idade adulta avançada descrevem seu casamento como satisfatório, dizendo que ele melhorou nessa etapa de vida. Os cônjuges que não se divorciaram, tendem a ter resolvido suas diferenças e a ter chegado a acomodações mutuamente satisfatórias, tornando-se uma fonte de prazer comum e orgulho. (Papalia, 2006)

“Muitos casais que continuam juntos na terceira idade, especialmente em meados e fim dos 60 anos, dizem que são mais felizes no casamento agora do que eram em seus anos mais jovens. Importantes benefícios do casamento, que podem ajudar casais mais velhos a enfrentar os altos e baixos da terceira idade, incluem intimidade, compartilhamento e o senso de pertencimento um ao outro.” (Papalia, 2006)

Conforme a teoria psicanalítica de Erik Erikson, na idade adulta avançada as pessoas fazem um balanço do seu percurso de vida, fazendo um balanceamento do que se fez na vida e do que se fez da vida. Caracterizando-se esta fase como integridade x desesperança. 

Então, amar na velhice é ter cumplicidade, enfrentar o medo da morte juntos, apoiar em problemas de saúde cuidando um ao outro, ser amigo, companheiro e aproveitar o final da vida com o que antes não era possível pela criação dos filhos.




Canção na plenitude


"Não tenho mais os olhos de menina
nem corpo adolescente, e a pele
translúcida há muito se manchou.
Há rugas onde havia sedas, sou uma estrutura
agrandada pelos anos e o peso dos fardos
bons ou ruins.
(Carreguei muitos com gosto e alguns com rebeldia.)



O que te posso dar é mais que tudo
o que perdi: dou-te os meus ganhos.
A maturidade que consegue rir
quando em outros tempos choraria,
busca te agradar
quando antigamente quereria
apenas ser amada.
Posso dar-te muito mais do que beleza
e juventude agora: esses dourados anos
me ensinaram a amar melhor, com mais paciência
e não menos ardor, a entender-te
se precisas, a aguardar-te quando vais,
a dar-te regaço de amante e colo de amiga,
e sobretudo força — que vem do aprendizado.
Isso posso te dar: um mar antigo e confiável
cujas marés — mesmo se fogem — retornam,
cujas correntes ocultas não levam destroços
mas o sonho interminável das sereias."


Lya Luft



Laura A. de Souza



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