domingo, 30 de junho de 2013

Quebrando os estereótipos da Terceira Idade

Lee em “Senhor dos Anéis”
Christopher Frank Carandini Lee nascido em Londres, 27 de maio de 1922. Além de atuar em inúmeros filmes, sendo conhecido mundialmente interpretando o Conde Drácula, ele tem uma banda de Heavy Metal. Ao contrário do que pensamos de pessoas com mais de 90 anos, o ator está plenamente ativo e produtivo em ambas as carreiras.
      
       
Conforme as pessoas vão envelhecendo e passando pelos acentuados declínios no funcionamento sensório e psicomotor, outras praticamente não sentem qualquer mudança em sua vida cotidiana – temos como exemplo vivo Christopher Lee.

 “Quem é este indivíduo a quem se dirige o termo terceira idade? A primeira idéia que vem à cabeça quando perguntamos a alguém sobre o que é ser idoso é uma tênue alusão a aspectos como doenças, fragilidade, invalidez e, principalmente, perda de memória. Não é raro perceber o afloramento do preconceito com a velhice mesmo quando alguém diz que o outro está ficando velho pelo fato de não conseguir se lembrar, por exemplo, de onde deixou a chave do carro. Por outro ângulo, quando os primeiros fios de cabelo branco começarem a emergir em nossas cabeças, certamente, iremos ouvir a afirmativa: “você está ficando velho!””
“Sobre alguns conceitos e características de velhice e terceira idade: uma abordagem sociológica” de Gilberto Pinheiro Junior.

O envelhecer não é mais o mesmo de décadas atrás. A expectativa de vida tem crescido cada vez mais no mundo. E o que antes representava o “ser velho”, hoje não é mais o mesmo; muitos problemas que costumavam ser considerados como parte da velhice, são compreendidos como decorrentes de estilo de vida ou doenças.
 Atividade física e nutrição são uns dos principais fatores de estilo de vida mais saudáveis que podem permitir que um número crescente de jovens e de adultos de meia-idade mantenham um alto nível de funcionamento físico até boa parte da velhice.
Mas não é só de saúde física que queremos viver ao chegarmos à terceira idade. Com relação ao desempenho cognitivo, algumas capacidades podem declinar nos anos de velhice, outras permanecem estáveis ou até se aperfeiçoam durante a maior parte da vida adulta. Nossas capacidades cognitivas específicas (como raciocínio, habilidades espaciais e memória) não parecem regredir rapidamente, pois existe uma variação individual que indica que os declínios no funcionamento não são inevitáveis e podem ser prevenidos – voltamos ao exemplo vivo do Sr. Lee.

Produtividade na Terceira Idade

"O envelhecimento produtivo sugere um indivíduo que se envolva em atividades de realização significativas, pessoalmente satisfatórias e com um impacto positivo nas suas próprias vidas e nas dos outros” (Kaye, Butter & Webster, 2003)

Alguns pesquisadores concentram-se na atividade produtiva, seja ela remunerada ou não, como o segredo para um bom envelhecimento. Eles apóiam a idéia de que a atividade produtiva desempenha um papel importante no envelhecimento bem-sucedido e de que pessoas mais velhas podem não apenas continuar a serem produtivas, como também podem tornar-se ainda mais produtivas.


Um indivíduo saudável física e cognitivamente, pode chegar a uma idade avançada consciente e produzindo; passando pelo processo de envelhecer com qualidade. Existem inúmeras atividades e cada vez mais idosos têm se encaixado para produzirem e se sentirem mais satisfeitos com relação a sua vida e seu lugar na sociedade; passando assim, por experiências que causam um impacto mais positivo na vida.
 Vários fatores influenciaram a maior expectativa de vida, a produtividade e melhora de saúde dos idosos; como as maiores opções de lazer e tecnologia, que nos mantém menos isolados, mais atualizados, aprendendo e adquirindo conhecimento nas mais variadas áreas.

 

 Aperfeiçoamento Cognitivo

  

Como vimos na disciplina de Neurociências e Comportamento, a (neuro)plasticidade é a capacidade de o desempenho cognitivo ser aperfeiçoado com treinamento e prática – inclusive na terceira idade.
Estudos longitudinais sugerem que o treinamento pode permitir que pessoas mais velhas não apenas recuperem a competência perdida, como também até superem seus resultados anteriores (Schaie e Willis, 1996). Portanto, a deterioração cognitiva pode, com freqüência, estar relacionada com a falta de uso. Pessoas mais velhas que recebem treinamento, prática e apoio social parecem ser capazes de utilizar reservas mentais.
A neuroplasticidade é principalmente usada em pacientes para reabilitações de lesões.
Papalia, Diane E.. Desenvolvimento Humano

Marcella Ranheri de Souza

 




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