Fonte: http://omelete.uol.com.br
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Christopher Frank Carandini
Lee nascido em Londres, 27 de maio de 1922. Além de atuar em
inúmeros filmes, sendo conhecido mundialmente interpretando o Conde Drácula,
ele tem uma banda de Heavy Metal. Ao contrário do que pensamos de pessoas com
mais de 90 anos, o ator está plenamente ativo e produtivo em ambas as carreiras.
Conforme as pessoas vão envelhecendo e passando pelos
acentuados declínios no funcionamento sensório e psicomotor, outras
praticamente não sentem qualquer mudança em sua vida cotidiana – temos como
exemplo vivo Christopher Lee.
“Quem é este indivíduo a quem se dirige o termo terceira idade? A primeira idéia que vem à cabeça quando perguntamos a alguém sobre o que é ser idoso é uma tênue alusão a aspectos como doenças, fragilidade, invalidez e, principalmente, perda de memória. Não é raro perceber o afloramento do preconceito com a velhice mesmo quando alguém diz que o outro está ficando velho pelo fato de não conseguir se lembrar, por exemplo, de onde deixou a chave do carro. Por outro ângulo, quando os primeiros fios de cabelo branco começarem a emergir em nossas cabeças, certamente, iremos ouvir a afirmativa: “você está ficando velho!””
“Sobre alguns conceitos e características de velhice e terceira idade:
uma abordagem sociológica” de Gilberto Pinheiro Junior.
O envelhecer não é mais o mesmo de décadas atrás. A expectativa de vida tem crescido cada vez mais no mundo. E o que antes representava o “ser velho”, hoje não é mais o mesmo; muitos problemas que costumavam ser considerados como parte da velhice, são compreendidos como decorrentes de estilo de vida ou doenças.
Atividade física e nutrição são uns dos principais fatores
de estilo de vida mais saudáveis que podem permitir que um número crescente de
jovens e de adultos de meia-idade mantenham um alto nível de funcionamento
físico até boa parte da velhice.
Mas não é só de saúde física que queremos viver ao
chegarmos à terceira idade. Com relação ao desempenho cognitivo, algumas
capacidades podem declinar nos anos de velhice, outras permanecem estáveis ou
até se aperfeiçoam durante a maior parte da vida adulta. Nossas capacidades
cognitivas específicas (como raciocínio, habilidades espaciais e memória) não
parecem regredir rapidamente, pois existe uma variação individual que indica
que os declínios no funcionamento não são inevitáveis e podem ser prevenidos –
voltamos ao exemplo vivo do Sr. Lee.
Produtividade na Terceira Idade
" O envelhecimento produtivo sugere um indivíduo que se envolva em atividades
de realização significativas, pessoalmente satisfatórias e com um impacto positivo
nas suas próprias vidas e nas dos outros” (Kaye, Butter & Webster,
2003)
Alguns pesquisadores concentram-se na atividade produtiva, seja ela remunerada ou não, como o segredo para um bom envelhecimento. Eles apóiam a idéia de que a atividade produtiva desempenha um papel importante no envelhecimento bem-sucedido e de que pessoas mais velhas podem não apenas continuar a serem produtivas, como também podem tornar-se ainda mais produtivas.
Um indivíduo saudável física e cognitivamente, pode chegar
a uma idade avançada consciente e produzindo; passando pelo processo de
envelhecer com qualidade. Existem inúmeras atividades e cada vez mais idosos
têm se encaixado para produzirem e se sentirem mais satisfeitos com relação a
sua vida e seu lugar na sociedade; passando assim, por experiências que causam
um impacto mais positivo na vida.
Aperfeiçoamento
Cognitivo
Como vimos na disciplina de Neurociências e Comportamento,
a (neuro)plasticidade é a capacidade de o desempenho cognitivo ser aperfeiçoado
com treinamento e prática – inclusive na terceira idade.
Estudos longitudinais sugerem que o treinamento pode
permitir que pessoas mais velhas não apenas recuperem a competência perdida,
como também até superem seus resultados anteriores (Schaie e Willis, 1996).
Portanto, a deterioração cognitiva pode, com freqüência, estar relacionada com
a falta de uso. Pessoas mais velhas que recebem treinamento, prática e apoio
social parecem ser capazes de utilizar reservas mentais.
A neuroplasticidade é principalmente usada em pacientes para
reabilitações de lesões.
Papalia, Diane E.. Desenvolvimento Humano
Marcella Ranheri de Souza
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