quarta-feira, 19 de junho de 2013

Sono na Idade Adulta Avançada




Sono e envelhecimento

O processo de envelhecimento – normal ou usual – ocasiona modificações na quantidade e qualidade do sono, as quais afetam mais da metade dos adultos acima de 65 anos de idade, que vivem em casa e 70% dos institucionalizados com impacto negativo na sua qualidade de vida.

Essas modificações no padrão de sono e repouso alteram o balanço homeostático, com repercussões sobre a função psicológica, sistema imunológico, performance, resposta comportamental, humor e habilidade de adaptação.
Os fatores que contribuem para os problemas de sono na velhice podem ser agrupados nas seguintes categorias: 1) dor ou desconforto físico; 2) fatores ambientais; 3) desconfortos emocionais e 4) alterações no padrão do sono. Nessa última categoria, incluem-se as queixas referentes ao tempo dispendido na cama sem dormir, dificuldade para reiniciar o sono, menor duração do sono noturno, maior latência de sono e despertar pela manhã mais cedo do que o desejado. 

Além dessas queixas, são também prevalentes a sonolência e a fadiga diurna, com aumento de cochilos , o comprometimento cognitivo e do desempenho diurno, e vários outros problemas, que, embora não sejam específicos do envelhecimento, têm um grande impacto sobre os idosos em decorrência de seus efeitos sobre o sono: falta de adaptação às perturbações emocionais, hábitos inadequados de sono, transtornos orgânicos e afetivos, uso de drogas (psicotrópicas ou outras), agitação noturna e quedas. 


Lorena Teresinha Consalter Geib, 2003, Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul


Alterações anatômicas e fisiológicas do idoso

O sistema nervoso é o sistema biológico mais comprometido com o processo do envelhecimento, pois é responsável pela vida de relação (sensações, movimentos, funções psíquicas, entre outros) e pela vida vegetativa (funções biológicas internas). Algumas alterações desse sistema, como diminuição de catecolaminas e dopamina, redução dos reflexos posturais e redução da fase 4 do sono, acarretam alterações como: esquecimento benigno, marcha senil e o despertar precoce, respectivamente. Outro fator fisiológico que promove alterações no sono está relacionado à glândula pineal. Esta produz um hormônio chamado melatonina, que apresenta níveis mais elevados durante o sono, parece ser inibida pela presença de luminosidade e que diminui com o envelhecimento.

Miriam Gondim Meira Tibo 



Tanto o vídeo como ambos os textos abordam uma mudança tipicamente associada ao envelhecimento: a perda de sono. A compreensão dessa e de outras alterações orgânicas e sistêmicas decorrentes do desenvolvimento requer que profissionais da saúde possuam conhecimento em áreas que estudam tanto aspectos físicos como cognitivos e psicossociais do desenvolvimento humano. Dentro do nosso curso de Psicologia, estas três áreas são estudadas em disciplinas como Desenvolvimento Humano II, Neurociências e Processos Cognitivos Básicos II.


Caroline Petersen

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