"Solidão na terceira idade pode aumentar risco de
morte, de acordo com uma pesquisa da Universidade da Califórnia, nos Estados
Unidos. Além disso, tende a trazer mais dificuldades para realizar tarefas
diárias. Os dados são do jornal Daily Mail.
O levantamento, que contou com informações de 1.604 pessoas com idade
média de 71 anos, constatou que 43,2% dos participantes se sentem solitários. E
estar só foi associado com chance maior de morte no período de seis anos de
acompanhamento, sendo de 22,8% em comparação com 14,2% para os que vivem com
algum parceiro. A probabilidade de declínio nas atividades diárias é duas vezes
maior para os isolados.
“Nossos resultados sugerem que questionar idosos sobre solidão pode ser
uma maneira útil de identificação de pessoas em risco de deficiência e
baixos resultados de saúde”, disse a pesquisadora Carla Perissinotto."
Reportagem disponível no link http://saude.terra.com.br/bem-estar/solidao-pode-encurtar-vida-e-dificultar-o-dia-a-dia-de-idosos,6d46143c71508310VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html
Segundo Papalia (2006), na
maioria dos países mais desenvolvidos, as mulheres idosas são mais propensas a
viverem sozinhas do que os homens. Essa solidão, entretanto, como mostra a
reportagem referenciada, pode trazer sérios riscos à saúde. Os principais
fatores que podem desencadear a depressão, por exemplo, são a perda de emprego,
a morte de familiares ou amigos e o fim de relacionamento. Nesse período da
vida, alguns desses acontecimentos ocorrem com bastante freqüência e, somadas
as perdas cognitivas comuns da terceira idade, podem causar uma experiência
depressiva ao idoso.
Para Rogers, como foi
estudado na Disciplina de Sistemas e Teorias I com abordagem na teoria
Humanista, um fator preponderante em sua perspectiva teórica é a valorização
das relações interpessoais como facilitadora do crescimento pessoal e
comunitário. Para ele, o homem vive em um sistema de relações, e não
isoladamente.
Entretanto, devido às
restrições físicas e cognitivas vivenciadas pelo idoso nessa fase, é comum que
haja redução na atividade social nessa fase. A fim de evitar esses riscos,
faz-se importante que a família incentive o idoso a continuar com sua vida
social ativa, pois a manutenção de uma rede social ampla, além de exercer as
habilidades físicas e cognitivas, pode desempenhar papel significativo na
vulnerabilidade à solidão.
Iulla Portillo
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