sexta-feira, 28 de junho de 2013

Solidão pode encurtar vida e dificultar o dia a dia de idosos


"Solidão na terceira idade pode aumentar risco de morte, de acordo com uma pesquisa da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. Além disso, tende a trazer mais dificuldades para realizar tarefas diárias. Os dados são do jornal Daily Mail.

O levantamento, que contou com informações de 1.604 pessoas com idade média de 71 anos, constatou que 43,2% dos participantes se sentem solitários. E estar só foi associado com chance maior de morte no período de seis anos de acompanhamento, sendo de 22,8% em comparação com 14,2% para os que vivem com algum parceiro. A probabilidade de declínio nas atividades diárias é duas vezes maior para os isolados.

“Nossos resultados sugerem que questionar idosos sobre solidão pode ser uma maneira útil de identificação de pessoas em risco de deficiência e baixos resultados de saúde”, disse a pesquisadora Carla Perissinotto."

Segundo Papalia (2006), na maioria dos países mais desenvolvidos, as mulheres idosas são mais propensas a viverem sozinhas do que os homens. Essa solidão, entretanto, como mostra a reportagem referenciada, pode trazer sérios riscos à saúde. Os principais fatores que podem desencadear a depressão, por exemplo, são a perda de emprego, a morte de familiares ou amigos e o fim de relacionamento. Nesse período da vida, alguns desses acontecimentos ocorrem com bastante freqüência e, somadas as perdas cognitivas comuns da terceira idade, podem causar uma experiência depressiva ao idoso.

Para Rogers, como foi estudado na Disciplina de Sistemas e Teorias I com abordagem na teoria Humanista, um fator preponderante em sua perspectiva teórica é a valorização das relações interpessoais como facilitadora do crescimento pessoal e comunitário. Para ele, o homem vive em um sistema de relações, e não isoladamente.

Entretanto, devido às restrições físicas e cognitivas vivenciadas pelo idoso nessa fase, é comum que haja redução na atividade social nessa fase. A fim de evitar esses riscos, faz-se importante que a família incentive o idoso a continuar com sua vida social ativa, pois a manutenção de uma rede social ampla, além de exercer as habilidades físicas e cognitivas, pode desempenhar papel significativo na vulnerabilidade à solidão.

                                                                                                          Iulla Portillo

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